Tem dias que eu gosto de andar pela rua, sem rumo. Esquecer, parar pra pensar.
Às vezes, vou longe demais.
Distâncias medidas em horas de casa.
Entro num transe. Esqueço onde estou.
Hoje,tive logo após o trabalho, um momento assim.
Sem roupa apropriada e com uma mochila pesada nas costas, fui andarilho de uma Goiânia que nem reconheço.
Quando retomei a consciência verifiquei que estava a quase duas horas de casa.
No retorno, a passos mais largos, rápidos e objetivos... resolvi testar as pessoas.
Resolvi esboçar o maior sorriso para quem quer que fosse.
Tirei duas conclusões de meu experimento:
1 – a maioria das pessoas me olhavam com um olhar assustado, julgando-me louco e, talvez, o seja realmente;
2 – as pessoas não sorriem na rua.
O Natal passou.
Talvez seja muito difícil demonstrar compaixão, por alguém, que, só busca um sorriso, depois de tantos abraços de dezembro.
Em dias de “vacas magras”, cresci sabendo que ainda sei onde se escondem meus mais valiosos sorrisos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário