São os outros quem definem e sentenciam quem você é:
O moderno, o tolerante a ponto de ser indulgente.
O sagaz, o perspicaz e sutilmente tolo.
Porque não o lascivo, o jocoso e desequilibrado.
Desajustado e desconcertante.
O “city man” de origem rural
O libertino altruísta de deméritos.
E é ainda assim que, vez ou outra, me flagro retrogrado e conservador.
Intolerante ao que diverge de meus valores.
Na minha libertinagem encontro espaços claros de moralismos.
Sei que irrito os conservadores, mas me sinto incomodo quando algo torna-se familiar.
O não-familiar cotidiano e comum, me torna brutalmente vil.
Repreendo-me. Confundo, sendo e tendo rejeição a imagem que transpareço.
Impune. Mas de que culpa?
É exatamente como os segundos posteriores ao gozo.
E calo-me sobre os desejos emanados de meu púbis.
É uma ansiedade fruto de fatos hipotéticos.
E é bem aí, escondido, que eu guardo meus preconceitos.
“Sei lá se o que me deu foi dado
Sei lá se o que me deu já é meu
Sei lá se o que me deu foi dado ou se é seu”
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