sexta-feira, 23 de maio de 2008
infinitude
terça-feira, 20 de maio de 2008
quinta-feira, 15 de maio de 2008
o pouco que me resta de depois
''É que sou um pouco antes. E só isso. Juro por Deus. E sou um pouco depois também."
Clarice.
Há aquela velha expressão interessante de se dizer: "Viver tudo intensamente como se fosse o último minuto."
Já disse isto várias vezes, e vivenciei bastante também. Não sei se é somente a idade, mas eu penso agora um pouco no antes e um pouco no depois. Me sinto bem tendo a consciência do presente, mas a interpretação que somente ele não me basta mais.
Mas como assim?
Tudo bem que pode ser devido a situação atual ou mesmo pela maturidade. Mas não quero viver somente de situações e muito menos de pensar em ser totalmente responsável, o que, diga-se de passagem, eu nunca fui.
Estar feliz é difícil, pois procuramos as frestas para toda a infelicidade possível.
O amor fluido pode adquirir a viscosidade necessária para ser eterno? Ou apenas a necessária para se viver bem por alguns meses? Ou nem mesmo possuir a viscosidade necessária e esvair-se pelo ar? Não sei. Um pouco depois, quem sabe, eu possa saber a resposta. Ou nunca me aproximar dela. Eis a intensidade de tudo. Eis a vontade de viver mais. Eis a possibilidade de se viver intensamente a cada minuto como se este fosse o último.
O não conhecer tudo me excita muito.
domingo, 11 de maio de 2008
as páginas que ainda podem ser redigidas
Minhas vitórias não são constantes.
Meu não saber é abusado.
Não é outono, mas há folhas sobre o chão.
Seu olhar pode ser mais óbvio.
Suas ambições menos paradoxais
Seu sorriso menos provocativo.
E sou eu as folhas que se encontram pelo chão.
E é a você que permito toda a história.
sábado, 3 de maio de 2008
ordinário não ser eu
da produtividade indiscriminada.
A felicidade do ter amigos.
O sono que não vem
ou não se tem.
A segunda que temo
dos anjos sem auréolas.
Medos indiscutíveis na mentira.
Ilusão de satisfação.
Intrusão generosa e medíocre.
Tesão reprimido.
Virgindade obsoleta.
Inocência sem pureza.
Verdades.
Quando abriremos nossos olhos?
eu não sei ser eu.
sexta-feira, 2 de maio de 2008
isonomias dos epitáfios
Autoritarismo é ter controle?
A paciência pode ser um fardo?
O controverso do estorvo é não estar onde se espera
Mas onde tem de se estar
Às vezes o não perdão é necessário.
As falhas são mais corretas que os acertos.
E o ontem é menos que amanhã
Sem flores amarelas e sem sono.