interessado em alguma bobagem

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

quando eu acreditei em papai noel

eu acreditei em pessoas boas…

eu sonhei com um futuro feliz…

e eu consegui ser feliz recolhendo as migalhas entre meus cacos.

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É justamente a capacidade de se indignar que move cada passo. Sonhando com o querer de realidade é que faz com que busquemos coragem no que não existe, ou no que simplismente não podemos tocar.
No mais, cada relampejo, torna, vitímas de preconceito, big-bangs, prontos a criar o mundo de um sonho barato, feliz....

 

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Papai Noel eu nem peço muito, sei que a felicidade pode ser complicada de conseguir presentear, mas o que peço é tão simples: ser igual.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

reminiscência pato fu + clarice lispector

 

O post anterior me fez lembrar de uma música do Pato Fu, banda mineira extremamente interessante. Vale ressaltar a releitura feita em relação a obra “A hora da estrela” de Clarice Lispector.

 

A hora da estrela – Pato Fu

Ela esta pronta
Pra mudar a sua vida pra sempre
Já imagina
Como tudo vai ser tão diferente
E aquele lugar la na frente
Vai ser seu

Mais um minuto
E tudo o que sonhou vai ser verdade
Não há no mundo
Quem não entenda a sua felicidade
Que possa dizer com certeza
Que o lugar é seu
Que é de quem nasceu pra brilhar

Uh, a hora da estrela vai chegar
Uh, agora ninguém vai duvidar
Não hoje, não mais
Nem nunca, jamais

Ela esta pronta
Pra mudar a sua vida pra sempre

 

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“agora eu estou morta…”

memórias de última página de caderno

Hoje folheando um caderno da época de faculdade encontro o seguinte trecho escrito em letras minúsculas:

“Todo este sentimento vai passar. O tempo vai passar. Ele sempre passa. E eu serei feliz.”

Doeu tanto esperar o tempo passar. Mas hoje eu voltaria atrás e faria das boas lembranças momentos ainda melhores.

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palavras

Ontem através da ferramenta http://www.wordle.net/ eu descobri que as palavras mais comuns em meus textos são: vida, pouco, verdade, esquecer, hoje, dói, pouquinho, Deus, medo, morrer, pode, tão, pouco, mundo, mudar, bem, ser, dia, bom, indo, outro, descobrir.

Quantos não foram os momentos que engoli seco. Quantos não foram os momentos que me escondi atrás de minhas máscaras.

Me impressionei com as palavras “pouco” e “pouquinho” tão utilizadas.

Talvez seja porque eu quero tão pouco, o mínimo para ser feliz. Verdade. Doeu muito ter medo de Deus, ter medo de viver mais.

Mudei num dia bom, indo descobrir como é fácil ser feliz.

Esquecer que minhas verdades não são universais faz parte.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

santos mistérios internos – dos quadros tortos

“Minha força está na solidão. Não tenho medo nem de chuvas tempestivas nem de grandes ventanias soltas, pois eu também sou o escuro da noite.” Clarice Lispector

 

Talvez porque o escuro esconde todas as luzes apagadas.

“Até cortar os próprios defeitos pode ser perigoso. Nunca se sabe qual é o defeito que sustenta nosso edifício inteiro.” Clarice Lispector

 

Desfeitos são relativos, virtudes nem sempre são verdades nuas e cruas… As virtudes podem ser máscaras esquecidas…

 

“...estou procurando, estou procurando. Estou tentando me entender. Tentando dar a alguém o que vivi e não sei a quem, mas não quero ficar com o que vivi. Não sei o que fazer do que vivi, tenho medo dessa desorganização profunda.” Clarice Lispector

As teorias me tornam ainda mais ignóbil.

 

Eu tenho medo de insônias quando seu olho pesa e não consegue verificar quanta luz há em acordar pela manhã, olhar no espelho e perceber que sorrir é tão fácil. Mas chorar é mais charmoso.

“Não entendo. Isso é tão vasto que ultrapassa qualquer entender. Entender é sempre limitado. Mas não entender pode não ter fronteiras. Sinto que sou muito mais completa quando não entendo. Não entender, do modo como falo, é um dom. Não entender, mas não como um simples de espírito. O bom é ser inteligente e não entender. É uma benção estranha, como ter loucura sem ser doida. É um desinteresse manso, é uma doçura de burrice. Só que de vez em quando vem a inquietação: quero entender um pouco. Não demais: mas pelo menos entender que não entendo.” Clarice Lispector

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