Eu sou Brasileiro.
Chuuuuuupaaaaaa Bolsonaro:
“Eu tenho de transcrever. Um pequeno plágio, desculpe KK.”
“
Porque você não precisa. (uma pequena contribuição ao 28 de junho)
Hoje é dia do Orgulho LGBT e as Blogueiras Feministas convocaram uma Blogagem Coletiva sobre o tema.
E, como sempre, para cada movimento que o movimento (!) LGBT dá, uma enxurrada de ações contrárias emerge de um limbo de preconceito, ignorância, má fé e, claro, homofobia.
É difícil identificar o pior ou o mais desonesto dos argumentos usados pelos homofóbicos para atacar a luta LGBT ou para mascarar seu preconceito. Mas uma leitura só um pouco mais atenta desses discursos raivosos e infundados pode ajudar a identificar alguns tristes padrões.
O primeiro é a ideia de que a luta em questão tem por objetivo (ou por consequência, que seja) a retirada de alguns direitos dos homens-brancos-heterossexuais-classemédia-cristãos. Simples: conceder direitos a minorias não serve nem nunca servirá a retirar direitos dos demais. Conceder direitos a minorias serve a EXCLUIR privilégios, condição obviamente não desejada por um Estado Democrático de Direito baseado na igualdade e na garantia dos direitos fundamentais. E se você sustenta, assim, que a luta LGBT pretende lhe retirar direitos, assume com isso (ainda que não oficialmente) que não quer abrir mãos de seus privilégios e de seus... preconceitos.
Em segundo lugar, vem o discurso dos que sustentam que a luta LGBT pretende fazer de todos homossexuais, criando a malfadada heterofobia. Se anos de uma estrutura social heteronormativa não alcançaram o resultado (e nem seriam, por óbvio) de convencer todos a assumirem uma orientação heterossexual, mesmo com toda força das muitas instituições sociais que a apoiam, o que te faz pensar que o contrário seria possível? Eu só queria que a força do seu medo, não te impedisse de ver o absurdo de seu argumento e de seu... preconceito.
Ou ainda você pode dizer que sua opinião, seu #orgulhohetero, são apenas a manifestação de sua liberdade de expressão, de seu direito de sustentar não gostar do "sujeito com outra orientação sexual". Em sua posição PRIVILEGIADA, esquece, mais uma vez que o "direito à livre expressão do pensamento não se reveste de caráter absoluto, pois sofre limitações de natureza ética e de caráter jurídico. É por tal razão que a incitação ao ódio público contra qualquer pessoa, povo ou grupo social não está protegida pela cláusula constitucional que assegura a liberdade de expressão." Sua pretensa liberdade de expressão, ainda que antecedida pelo já clichê "eu não sou preconceituosa" ou "eu até tenho amigos gays" serve apenas como uma auto-escusa de consciência e para esconder seu... preconceito.
E se, por último, você diz ser legítimo não desejar um funcionário homossexual, apenas porque é seu "direito" assim proceder, é sua escolha, assim como aquele "escolheu ser homossexual", mais uma vez seu argumento é desonesto e de má fé. Afinal, apenas um pouco de boa vontade e informação leva ao conhecimento de que a homossexualidade é orientação e não opção. Mas você, sim, escolheu seu... preconceito.
E, por favor, não use a Constituição Federal para sustentar seu discurso homofóbico. Sua função está longe de ser esta que você propõe. Sua função é exatamente a contrária, como disse a Min. Carmen Lúcia: "Contra todas as formas de preconceito, contra quem quer que seja, há o direito constitucional."
”
Aí:
“Aí um amigo querido entra no blog e comenta "te amo". Dia ganho...
Amo tu, Ju, você é a minha prova mais querida que brigar e lutar valem a pena, sempre. Você pode achar que não, mas é exemplo e vencedor (clichezão né, mas deu para entender!) ” KK.
Aí… Chupaaaaaa Bolsonaro.
Porque lutar vale a pena. Vencedor nem sempre é aquele que sai com a vantagem do placar, mas aquele que tem a cabeça erguida.