interessado em alguma bobagem

domingo, 8 de junho de 2014

hoje eu sai para jantar sozinho

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PRELÚDIO

Prólogo, prefácio ou preâmbulo.

sim

eu escrevi

muito

mas tanto rancor

melhor foi esquecer

deixar nos cantos

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em tempos de tempestade,

Hoje,

eu acordei diferente.

sem mais,

Meu temporal desanuviou

o respirar dolorido

o suspirar sangrando…

meus não limites,

próximos demais ao limite.

Ademais,

acordei e sorri.

resolvi brindar meu sorriso

Barato,

assim, de graça.

Chandon.

o tempo passou tranquilo

E,

Hoje eu resolvi sair pra jantar sozinho.

lugar bem avaliado.

acomodado

Algo como:

“O Sr. já vai fazer o pedido ou vai aguardar alguém? ”

Alguém?

ninguém

Alguém…

Ninguém vai jantar sozinho?

Resolvi deixar meu sorriso barato

e meu olhar desanuviado

Olhei para todos os lados

e nenhuma mesa tinha alguém sem ninguém

Eu era o único ninguém sem ninguém.

Fiz o pedido

Mas procurei a fome

Não achei

Achei lágrimas escondidas

achei a distração

no sangue proveniente do pedaço mal passado

descobri meu não sorriso.

Voltei pra casa

Perdi toda fome

Ficou o gosto salobro que tentava esconder do taxista.

Em casa,

recebi uma mensagem:

“os abraços deveriam ser os únicos apertos que a gente deveria passar na vida…”

Desabei.

preciso visitar meu analista.

Receber minhas drogas

permissão de entender

por que

é impossível ser feliz sozinho?

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POSFÁCIO

Epílogo

resumo dos acontecimentos mais importantes

sim

eu escrevi

muito

mas tanto de tanto rancor

deixar nas frestas

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segunda-feira, 17 de março de 2014

a calma no desassossego

20140221_092718[1]

não quero

nunca quis

não preciso mudar

sou assim irregular

tenho uma tempestade

uma trovoada na língua

e uma turbulência, onde guardo as reações

entretanto,

posso ser acalento

tsunami em verbos

mas,

pluma em sentidos

anarquia

não flerto com ponteiro de relógio

odeio regras

e planos

faço piada

amo enfrentamentos

confrontos

gosto de discórdia

não levo nada tão a sério

Why so serious?

pds gyn

tenciono beijos

pós escarro

incomodo?

sim

incomodo

do combate?

vejo o brilho das cicatrizes

e do afago

reconheço o sublime entre as linhas

intenso

inconsequente

cínico

adjetivos que não me incomodam

prefiro reflexo

à arte

minha arte é marginal

vulgar

e minha mediocridade

é excêntrica

inédito

no corriqueiro

mas sou o tudo

do nada

e tão nada

frente à tudo

sofro na calmaria.

outrora

postei  “há calma

desconstruí

A calma vem da celeuma.

A calma encontra as frestas do calor da discussão.

A calma é acalorada. É algazarra de fim de noite.

A calma é prima da polêmica.

A calma vem dos pensamentos sórdidos de noites mal dormidas.

A calma  é arrebatadora.

A calma faz chorar, doer.. é um louco, demente.

A calma vem singela jogando charme.

E conquista como um desejo sexual.

A calma é ereção.

O gozo é o desamparo.

O cigarro, o desapego.

A vida é casual.

A calma é o sucesso do acaso.

A calma vem do desespero do vício

A calma vem do  segredo da dúvida.

busco

em frestas

cantos

fissuras

brechas

onde estaria a calma?

talvez,

bem perto de Hypnus,

que rouba meu sono,

ou do juízo

que foi comprar pão,

nunca mais voltou.

onde estaria a calma?

na rua

que não consegui mandar ladrilhar

mantém-se empoeirada

absorta de consequências.

Se a felicidade fosse uma festa,

eu seria o inconveniente,

que mostra a janta

pré digerida

no tapete de entrada.

Da calma,

eu prefiro uma dose de desassossego.

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

retornável

Depois de 6 meses… intensos… voltarei a publicar.

1001518_663811493641165_1658708186_nNão há de se calar, mesmo que diante do maior dos absurdos.1450917_687495597939421_1091305688_n

anti-heróis - voto aberto, Donadon e a tragédia.

Os vilões de hoje são os mesmos que meses atrás lutaram pelo voto aberto... e fizeram que Donadon honrasse sua foto de joelhos...
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Eu sinto por Santiago Andrade.
Me solidarizo com a família pela morte de um inocente.
Pela perda de um pai.
Mas, que ele não represente a mordaça que a imprensa, insistentemente, implanta na sociedade brasileira...
Quantos são os brasileiros vitimas da barbárie cotidiana?
Nossa guerra civil disfarçada de corrupção.
Quantos são vítimas da omissão no investimento na segurança pública?

Há de se lutar.

Antes dos dois jovens, quem matou Santiago foram políticos corruptos, desigualdade social e uma subserviência da polícia brasileira em geral, que, acredito eu, está defendendo o indefensável...
Estado insatisfatório para quem, como eu e você, paga um dos impostos mais caros do mundo.
Não sejamos alienados.
A morte de Santiago não pode ficar em vão. Que os responsáveis sejam punidos, mas, que ela não seja o que o Jornal Nacional, o Jornal da Globo, o Jornal da Band, e etc... tentam nos imputar goela abaixo.
E, "Pra não dizer que não falei das flores"...
"Vem, vamos embora, que esperar não é saber,
Quem sabe faz a hora, não espera acontecer"
Nós somos os brasileiros que não desistem nunca.

São esses jovens que tem pintado o verde esperança da bandeira do Brasil, não as chuteiras do Neymar.
Por um Brasil melhor. #Nãovaitercopa