segunda-feira, 31 de março de 2008
ficção do ineditismo imprudente
Máquina temporal
Desafio denunciado
Vigilância lateral
Tráfego da legalidade irritante
Imprudência morta
Inédita repetência
Ficção do passado
Pouco da incompetência
Impacto desinteressado
E eu sinto frio.
E pena de quem espera algo de mim.
casus belli
( (Lat. /cásus béli/))
sm. 1 Jur. Qualquer incidente capaz de provocar uma declaração de guerra.
É assim que me sinto. Numa constante probabilidade de mudanças radicais de humor. Instável. Eu confesso que minha condição bipolar proporciona situações de conflito internas que causam uma dor incessante. Fatos pequenos eu sei, mas que no meu subconsciente alcançam magnitude que não me permitem nem ao menos sorrir. O que me proporciou prazer outrora, agora me proporciona um desprezo descomunal. Não há o que classifico como inegavelmente bom, nem algo que possa repudiar completamente. Isso me fragiliza muito. Minhas relações sociais tem sido muito prejudicadas, eu admito. Eu não sou a melhor companhia e peço desculpas a quem convive comigo por isso.
Talvez o melhor mesmo seja este passo sem tocar o chão.
domingo, 30 de março de 2008
inverdades sobre o ser amado
Viscosidades intencionais na fala
Mimetismo sincrético na luminosidade absoluta
Degradação do sublime indiferente
Luas do silêncio da felicidade medíocre
Sois da festa do luto dissimulado
Quantas vezes eu fui feliz por ter você?
quarta-feira, 26 de março de 2008
amigos que sabem de clarice
Seja o que você quer ser,
porque você possui apenas uma vida e nela só se tem uma chance
de fazer aquilo que quer.
Tenha felicidade bastante para fazê-la doce.
Dificuldades para fazê-la forte.
Tristeza para fazê-la humana.
E esperança suficiente para fazê-la feliz.
As pessoas mais felizes não tem as melhores coisas.
Elas sabem fazer o melhor das oportunidades que aparecem em seus caminhos.
A felicidade aparece para aqueles que choram.
Para aqueles que se machucam.
Para aqueles que buscam e tentam sempre.
E para aqueles que reconhecem a importância das pessoas que passam por suas vidas.
...
...
...
Ah... eu já chorei tanto, me machuquei e nem foi pouco... tento sempre... as pessoas não passam permanecem... onde está a felicidade Clarice? Onde ?
terça-feira, 25 de março de 2008
panapaná incoerente
a cidade encontra indiferente
a adaptável beleza da honestidade
naquela incoerência,
um tchau.
Sim, a bur(r)ocracia confia em mim.
Haviam muitas leis.
Certo de que morri.
Vou ao banheiro,
com respostas de amanhecer.
A febre faz-me cafuné.
A libido da aguardente,
transforma a panapaná em lixo,
xenofobia do nômade em lírio.
O sim que desengana,
na palavra que fica.
quinta-feira, 20 de março de 2008
demos
ninguém enfrenta a máscara democrática...
... obrigado Iá, caminhamos contra o vento, hoje não usamos lenço, temos documento... mas eu vou viu... eu vou....
...
..
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Secos e molhados - Rondo do Capitão
Bão balalão,
senhor capitão.
tirai este peso
do meu coração.
não é de tristeza,
não é de aflição:
é só esperança,
senhor capitão!
a leve esperança,
a área esperança...
área, pois não!
peso mais pesado
não existe não.
ah, livrai-me dele,
senhor capitão!
quarta-feira, 19 de março de 2008
quem sou eu
terça-feira, 18 de março de 2008
barbárie cotidiana
Imitação pedante das montanhas de lá
Gratidão às doutrinas discutíveis
Destruição natural da natureza que não é divina
Virtudes cheias de cobiça
Os amigos de ontem e o sexo de hoje
Opção da vergonha do filho, refletida na pupila do pai
Abnegação impiedosa da pré-moral instintiva.
Hábitos poderosos nos jejuns impostos e recorrentes
Saudades idealistas e afeminadas
Autodesnudamento do choro que não consigo justificar
Omissão no privilégio raro das máscaras que não refletem.
Eu confesso o eterno mal-entendido.
O silêncio do jogo
O sofrimento que ele proporciona.
Nem Patrocínio
Nem Ouro Preto
Nem feliz
Nem triste
segunda-feira, 17 de março de 2008
meu tamanho
domingo, 16 de março de 2008
o menino e o cavalo
Do imediatismo: um atropelamento. Não. Era somente cansaço, fome e o olhar estava justificado. No lombo sobre as costelas espostas pela fome, as marcas da carroça de material reciclável que se encontrava um pouco afastada, com um amontoado de papelão que saltava as vistas, decorada de cartazes de antigas revistas masculinas.
O animal tentava se recompor a todo custo e nesta tentativa inútil cada vez mais se feria. A cena doia muito. E o olhar do jovem, digo, criança que se encontrava ao lado refletia toda aquela situação. Era medo? Dor? Pesar? Ou simplismente uma tentativa de sobreviver numa conjuntura desigual.
Eu tive vergonha dos meus cartões de crédito, da minha cerveja de final de semana, de minhas roupas, de minhas ambições, de minha formação, tive vergonha de mim mesmo e tive vergonha não só por mim mas por todos que ali se aglomeravam.
Nos últimos dias tenho sentido uma impotência fremente.
E o menino e o cavalo ? Não sei. Há coisas que realmente é melhor esquecer. A única certeza que tenho é o amor que ele tem por aquele pobre cavalo e o ódio que ele sentiu do meu olhar.
sábado, 15 de março de 2008
rotinas
longe de tudo
"Deus lhe deu inúmeros pequenos dons que ele não usou nem desenvolveu por receio de ser um homem terminado e sem pudor"
quarta-feira, 5 de março de 2008
.. por baixo...
E como tudo é tão belo e triste de lá. É como se pudesse tocar a mão do Deus que não acredito completamente. E este mero toque me permite julgar. Julgar o quanto somos capazes de tornar tudo tão feio. Como somos capazes de transformarmos tantas perfeições em meros objetos a nosso favor. E é assim que me torno cada vez menor e percebo o quão longe estamos de ser seres perfeitos.
Por alguns momentos me senti tão ínfimo que sumi. Retornei melhor, mais consciente sobre o que devo fazer... mas tão impotente.
terça-feira, 4 de março de 2008
algo a dizer..
Quero expor idéias, contrariar... não dizer apenas o que se quer ouvir... vomitar o que penso... mas às vezes por aqui (mundo real) eu calo. Não sou exato, cometo erros, mudo de idéia e também sou capaz de me arrepender. Tenho muitos defeitos! Muitos mesmo... e assumo a responsabilidade por eles.
Não conheço muito meus limites, ignoro minhas responsabilidades e vivo num "foda-se" eterno. Hoje foi um dia difícil. E talvez seja por isto que resolvi iniciar este processo. Pode ser que amanhã eu desista e nunca mais utilize este espaço.
Aos que resolverem perder seu tempo... enjoy.
ventava
no momento irregular da fala
no oposto singular do inquestionável
na vontade de gritar
ventava
nos dias frios e quentes no alvorecer
ventava
só sei que o irregular
não é esperar o tempo
implorar a volta ao passado
mas sim reclamar do ontem
que ainda não veio
dos sentimentos que não queremos
dos momentos que passamos e não vivemos
prás bandas de lá ventava
ventava saudade
ventava coisas que não explico
e o vento leva tudo que não queremos apagar