interessado em alguma bobagem

sábado, 30 de julho de 2011

o labirinto nos caminhos de Juberlândia

“Juberlândia... Onde as árvores nos oferecem delírios, ao invés de sombra e os pássaros não sabem voar, pois ficam babando no chão... Nessa terra, não há porta nem janelas, pois as casas são abertas. Na Juberlândia, todos são bem-vindos, desde que invertam a lógica: camiseta é nas pernas e calça é nos braços... Te adoro, amigo!”

Jonh Moreira

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bobo, fiquei mais nostalgico ainda

amor-sy

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Qual é o segredo do amor?

Não falo do “amor-sexo”, que é tesão e pele.

Mas sim o “amor presença ausente”

O amor adimensional

O prazer de graça.

meio ar-livre, meio universo

e neste meio, completo

Aquele de olhar, sutil, de sorrisos mais que canto de boca

despudorado

Aquele que a intromissão no seu eu é indiferente.

O amor que sintetiza a realidade de que não existem distâncias

É fanático, louco e anárquico…

mas antagônico que completa

um sentir bem, distante, perto

Parece feito por experimentos cuidadosamente formulados…

é acaso.

É amor tapa e beijo.

É amor.

 

é meu “amor-sy”

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Amor que releva casus belli

Pois eu acredito que as pessoas com as quais, você, tem as maiores discussões, são aquelas com as quais você tem a relação mais sincera.

 

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E por isso eu transcrevo um post de 2 de abril de 2008.

 

sobre o que sei entre você e eu

Acho que a gente forma uma dupla dinâmica.

Estou aqui a um tempo pensando o que escrever. E sério, vou falar exatamente tudo o que vier em minha cabeça, sem reler, nem nada...

Eu sei que cobro muito de você. Eu sei que sou intransigente e às vezes até mesmo mal educado. Eu sei que posso ser um besta e um tremendo de um chato. Sei que num sei pedir desculpa...

Tenho cobrado bastante. Sei que você pode muito bem pensar que nunca me agrada. Mas você pode ter certeza que meus finais de semana não são os mesmos depois que te conheci. Você é muito importante pra mim e o que eu mais quero é sem dúvida seu bem... Sei que é difícil escutar "eu te amo" de minha boca, e também sei o quanto isso é importante pra vc... Importante porque você se apresenta carente e sensível... Uma sensibilidade que não tenho... Sou frio... e mal nesse sentido.

Quando você disse que o melhor era se afastar de mim, senti um aperto tão grande que nem sei explicar.

É egoísta meu jeito de não aceitar as pessoas assim como elas são, mas eu sou assim, e preciso mudar. você tem me auxiliado muito nesta questão. Sei que mudamos juntos. Assim como eu fico chateado contigo, você tem todo o direito de também ficar chateada comigo por isso.

Sua carência e sensibilidade são totalmente desnecessárias. Eu sei o quanto você é forte. Muito mais forte do que imagina. Uma pessoa que viveu tudo que você viveu e tem o sorriso mais lindo do mundo?

Eu que não sei pedir perdão. Eu que não sei reconhecer meus erros. Continuo insistindo em que mude suas atitudes, pois só é assim que eu vou conseguir mudar as minhas. Preciso de sua presença que me contagia e que me faz uma pessoa feliz. Mas preciso do meu espaço e às vezes tenho mesmo essa necessidade besta de ficar sozinho.

Não quero ser o melhor amigo de todos os tempos apenas de uma última semana. Eu quero permanecer. Você nem sabe o quanto é importante. Mesmo aqui meio dopado eu te confesso que choro.

Te amo. Me entenda.

(por testemonial via Orkut a uma pessoa muito importante pra mim)

 

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E assim, quero que saiba que você está entre as pessoas mais importantes que já passaram por minhas linhas tortas de vida.

Eu te amo mais que lasanha.

E você sempre está em parte de meus mais verdadeiros sorrisos.

 

 

De um cara

que ama muito

uma garota chamada Synara Santana

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quinta-feira, 21 de julho de 2011

lista de desejos (Wishlist)

Eu desejo:

  1. falhar muito
  2. quebrar a cara
  3. perder uns dentes
  4. cair da sacada
  5. ralar o joelho
  6. quebrar os óculos
  7. levar pancada na cabeça e ver o mundo girar
  8. errar mais um pouco
  9. perder carteira e ficar duro
  10. tropicar e perder a pele da cabeça do dedão
  11. cortar o supercílio e sangrar até ver minha pressão abaixar
  12. curtir a vista escurecer
  13. levar o maior dos tapas na cara
  14. chorar
  15. chorar de dor
  16. amar
  17. chorar de amor

 

Porque assim eu erro menos,

e depois eu erro mais um pouco…

 

perco…

 

  1. deixo de ter o proveitoso ou necessário, que possuo
  2. sofro dano, ruína
  3. desperdiço
  4. dissipo
  5. menosprezo
  6. deixo de gozar, de atender
  7. deixo passar despercebido
  8. decaio meu conceito, crédito
  9. esqueço
  10. perco a vergonha, a educação, a cortesia
  11. sou vencido
  12. erro caminho e não acho saída
  13. arrebato-me, desvairo-me, desoriento
  14. entrego-me aos vícios
  15. perverto
  16. peco
  17. e caio em desuso

e assim erro menos.

 

desinteressado ao dobrar a esquina do cotidiano

 

 

“I wish I was a sacrifice

but somehow still lived on

I wish I was a sentimental

ornament you hung on

the Christmas tree, I wish I was

the star that went on top

I wish I was the evidence

i wish I was the grounds

for fifty million hands up raised and opened toward the sky

I wish I was a sailor with

someone who waited for me”

 

 

alguém que esperasse por mim não poderia sofrer

desculpe-me

quarta-feira, 13 de julho de 2011

a popularidade intimista que convidou “eu-mesmo”

deixo perceber os princípios de meu espelho.

Legítimo: moletom com capuz.

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Propósitos não puros, não genuínos.

Não é minha autenticidade que conquista,

(eu não sou conquista,

meu eu-eu mesmo não é auto-estima)

são retratos de menino que caiu nos buracos de coelho de Lewis Carroll

E isso que o “eu” mostra no sorriso.

 

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Não é meu caderno escolar ou laudo,

é o bem/mal pensado transpirar sangue e lágrimas.

 

Sou abusado dia-a-dia pelo “eu”.

Meu “eu-sou” sofre assédio moral do “eu-querem”.

sinto  abandono.

convoco num capricho:

“eu” ímpeto de cólera

e

quando vem?

“Opimião”

“Curltura”

“Relijião”

“Pulítica”

 

“Fami-gerada-lia”

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Celebro meus descasos com a felicidade de

estar em casa.

Vibro com meu mais singelos rompantes

de dizer: “eu amo”

 

Na rua lateral, está tudo pronto.

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E eu posso ser o Exterminador do Futuro

ou sugerir “não pense”

levitar

com 1000 ferraduras sob os pés.

 

Encarar de modo …

… desdém que acompanha ….

…liberdade de lixo…

Não há empecilhos …

Eu fico deprimido?

… para ver com simplicidade.

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Minha quantidade imensa de frustrações é a maneira mais fantasiosa de respeitar o modo como eu me livro de todas elas.

 

Profano

Faço piada com o perigo?

 

Com meu pai

converso mais de 27 segundos , pelo telefone.

Com minha mãe

discuto a cada dez minutos.

Com “eu”

faço o desvio da felicidade há 27 anos.261931_234177989937853_100000369608433_791219_1620893_n

sexta-feira, 8 de julho de 2011

minha herança na terra da Fazenda Honorana

E se foram os “prazos finais”

E o cheiro de cravos parece impregnado nas minhas pestanas…

E minha pálpebra anda meio que mofada de tão úmida…

Foram 50 dias.

Eu nunca marquei tanto com meus passos a terra que sobrepõe os “sete palmos”.

Mas hoje ainda mencionei: “não se joga mais terra sobre os caixões”.

É tudo tão cimento e mármore.

E assim, tão cimento e mármore, se tornaram os vínculos.

O alguém que esteve ausente, tornou-se o quase sempre triste, esquisito e nada popular.

Eu não sou bom fisionomista com pessoas que não vejo há mais de 15 anos.

De família que não conheço, a não ser por nome mencionado nas conversas de adulto, na Honorana.

Mencionados sob a varanda grande

frente a um pomar frondoso

junto a biscoito de polvilho recém saído do forno de fogão a  lenha

em cafés da tarde realizados ao meio-dia

relacionados a gado, café e terras

divisas, cercas e histórias

junto a escada que marcou meu rosto aos 3 anos

junto a família que eu vi esfacelar-se com o tempo

e com os vínculos inversamente proporcionais ao apego sórdido pelo dinheiro…

Minha herança.

Eu herdei o mármore e o cimento da tristeza e afastamento

do chorar sozinho, meio que escondido

pois ante a lápide, me imputaram a dureza do concreto

queria, contudo, a água em terra fofa… gerando  lama..

uma lama que suja, que impregna e que não há marreta no mundo que desfaça

Minha família foi concreto de pouco cimento, que ao menor contato se esfarelou em areia…

A areia que o Rio Pirapitinga levou.

E daquele tempo de criança, eu recordo da lama que impregnada nas bermudas das crianças o tempo lavou.

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A Fazenda Honorana me dói assim como “ralado” em concreto grosso.

Todavia, de uma ferida que veio de sorriso de criança arteira.

De tombos escondidos da mãe que ordenava ficar quieto.

Dói como as lágrimas engolidas.

Dói como saber que, depois do banho, a casquinha de sangue coagulado se desfaz.

Minha vó teimava em passar arnica ou mertiolate.

O mertiolate nunca mais foi o mesmo depois que parou de doer.

Doía pra burro.

Eu nunca pensei que esta recordação um dia me reconfortasse.

E eu nunca mais vou escutar o “bundudo”

os novos “sem vergonha” nunca terão a mesma inocência.

Eu nunca mais quero ir à Honorana.

Pois ao chegar eu sei que vou sentir falta de alguém que estava ali,

escondido em algum canto,

pronto pra me receber com o susto mais previsível do mundo.

Hoje o mato deve estar grande, não deve haver mais lenha em frente o jardim.

Não há mais quem me acompanhe para pescar lambaris com peneira.

As amoras, as mangas e as jabuticabas devem ter o gosto amargo de passado.

Do biscoito de polvilho, só resta o azedo do tempo.

Eu revirei os álbuns de fotos antigas e foi ali que encontrei o pior veneno que minha avó salientava haver nas cobras que se escondiam pelo pasto.

O veneno saudade.

O veneno de não saber mais.

O veneno da lembrança de como aquela época foi boa.

Numa foto estavam todos os netos.

Todos de olhos sedentos pelo futuro cortar bolo de aniversário de 9 anos.

Eu não preciso nunca voltar a Fazenda Honorana.

Pois há um pedaço de mim que está lá.

E como dói saber que ainda há natal, mesmo depois daquele em que passamos todos juntos aguardando o Papai Noel.

 

Com muitas saudades de “Dulce”, “Dona Ana” e “Seu Norico”.