“Pois é, não deu.”
Amarante teima em chamar de hiato o que me faz sentir a cada retorno uma expectativa extrema. O recesso de Los Hermanos dura desde 2007. Como inspira a cidade onde ocorre o SWU, Itu (SP), Los Hermanos recebem uma votação maiúscula do público e participa de um festival que aflora lembranças de um Rock in Rio quando este ainda era um privilégio do Brasil.
Como não recordar Cazuza, singular com “Pro dia Nascer Feliz” no Rock in Rio de 1985. 25 anos depois, apesar de não viver o momento por curtir, na época, mais o Balão Mágico ou a Xuxa, aquilo me arrepia. Afinal, “todo dia a insônia me convence que o céu faz tudo ficar infinito”.
Daqui 25 anos eu acredito em jovens, que talvez hoje assistam ao programa da Maysa, sentindo calafrios ao ver Marcelo Camelo, Rodrigo Amarante, Rodrigo Barba e Bruno Medina levando a plateia a entoar
“Olha lá, quem vem do lado oposto
Vem sem gosto de viver
Olha lá, que os bravos são
Escravos sãos e salvos de sofrer
Olha lá, quem acha que perder
É ser menor na vida
Olha lá, quem sempre quer vitória
E perde a glória de chorar”
num festival de música no interior de São Paulo.
Los Hermanos me impressionam sempre. Eu espero o fim deste “hiato”, ansioso.
Vale salientar a participação de “O Teatro Mágico” com a máxima (tudo bem que um pouco demais): "Não se fala em sustentabilidade sem se falar em reforma agrária, sem se falar em agricultura familiar. Fica uma coisa meio... assistencialista".
Afinal: “Acredito que errado é aquele que fala correto e não vive o que diz ...”.
Mandou bem demais Fernando Anitelli, aliás, sempre mandam muito bem.
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