interessado em alguma bobagem

segunda-feira, 17 de março de 2014

a calma no desassossego

20140221_092718[1]

não quero

nunca quis

não preciso mudar

sou assim irregular

tenho uma tempestade

uma trovoada na língua

e uma turbulência, onde guardo as reações

entretanto,

posso ser acalento

tsunami em verbos

mas,

pluma em sentidos

anarquia

não flerto com ponteiro de relógio

odeio regras

e planos

faço piada

amo enfrentamentos

confrontos

gosto de discórdia

não levo nada tão a sério

Why so serious?

pds gyn

tenciono beijos

pós escarro

incomodo?

sim

incomodo

do combate?

vejo o brilho das cicatrizes

e do afago

reconheço o sublime entre as linhas

intenso

inconsequente

cínico

adjetivos que não me incomodam

prefiro reflexo

à arte

minha arte é marginal

vulgar

e minha mediocridade

é excêntrica

inédito

no corriqueiro

mas sou o tudo

do nada

e tão nada

frente à tudo

sofro na calmaria.

outrora

postei  “há calma

desconstruí

A calma vem da celeuma.

A calma encontra as frestas do calor da discussão.

A calma é acalorada. É algazarra de fim de noite.

A calma é prima da polêmica.

A calma vem dos pensamentos sórdidos de noites mal dormidas.

A calma  é arrebatadora.

A calma faz chorar, doer.. é um louco, demente.

A calma vem singela jogando charme.

E conquista como um desejo sexual.

A calma é ereção.

O gozo é o desamparo.

O cigarro, o desapego.

A vida é casual.

A calma é o sucesso do acaso.

A calma vem do desespero do vício

A calma vem do  segredo da dúvida.

busco

em frestas

cantos

fissuras

brechas

onde estaria a calma?

talvez,

bem perto de Hypnus,

que rouba meu sono,

ou do juízo

que foi comprar pão,

nunca mais voltou.

onde estaria a calma?

na rua

que não consegui mandar ladrilhar

mantém-se empoeirada

absorta de consequências.

Se a felicidade fosse uma festa,

eu seria o inconveniente,

que mostra a janta

pré digerida

no tapete de entrada.

Da calma,

eu prefiro uma dose de desassossego.

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