…
vivo
…
recluso
vi
vi-medo
i-medo
medo
do
…
S.O.S.
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medo
e-medo
e-me…ail
jail
…
“Se escrever esta coluna, queria reproduzir uma parte do seu email, sem dar o seu nome nem a cidade onde vc vive, é claro. Vc me autorizaria a reproduzi-lo, sem identificá-lo?
Se sim, gostaria de saber mais um pouco sobre vc e sobre o ataque homofóbico ao seu amigo. Queria saber um pouco mais de como é viver com medo, de como é viver sem poder contar quem se é. Enfim, tudo o que vc me contar vai ajudar enormemente as pessoas a entenderem o que vc vive. E também que tipo de ataque sofreu o seu amigo e como ele está.”
…
e-m… ail
…
“…sempre é mais forte o relato quando a pessoa se identifica. Por outro lado, vc precisa avaliar os riscos para vc. Quando seu depoimento for publicado na coluna, todos saberão que vc é vc. Daqui, eu não posso nem ajudá-lo a avaliar, porque não estou na sua pele nem sei como é a sua vida cotidiana …”
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eu?
…
“…duvidar de tudo e de todos, afinal, qualquer um pode dizer que é uma pessoa e ser outra…”
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Murb Enaile… eu?
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Eu?
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Eu na verdade nem sei quem eu sou.
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“Mas eu não sei na verdade quem eu sou!
Já tentei calcular o meu valor
Mas sempre encontro o sorriso e o meu paraíso é onde estou
Eu não sei na verdade quem eu sou!
Perceber da onde veio a vida,
Por onde entrei deve haver uma saída,
Mas tudo fica sustentado pela fé!
Na verdade ninguém sabe o que é!
Velhinhos são crianças nascidas faz tempo!
Com água e farinha eu colo figurinha e foto em documento!
Escola é onde a gente aprende palavrão...
Tambor no meu peito faz o batuque do meu coração!”
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