“Nem tudo o que é torto é errado. Veja as pernas do Garrincha e as árvores do cerrado.”
Nicolas Behr
Há dias que concretizo toda as minhas pesquisas quanto as conversas do palhaço.
É de digestão difícil beber das fontes inesgotáveis da esperança.
E não há desistência… há discussão entre a quebra do paradigma da loucura e da normalidade.
Sou eu cidadão.
Sou eu consumidor.
Sou eu frente ao mundo mercadológico.
Sou eu frente a ruptura.
Sou eu frente ao passado de escolha.
Sou eu ideologia.
E eu fui Engenheiro.
Mas explorei o sarcástico caminho do ser Ambiental.
Desenvolvido junto ao público de algo programado e nada experimental.
São estreias formais de derrotas diligentes.
Conduzimos o encontro do real e do ridículo.
Oferecendo o pluralismo do: Eu palhaço.
Sem riso ou sim.
Num nível de interação público tal que a interferência do cotidiano urbano não perde o hábito…
… de tornar-me mister na arte do palhaço.
Mantendo-me com fôlego
…sem desistir do coletivo (des)necessário.
E cenário?
Fato.
Ponto.
“As vezes a mais pura verdade mora na simplicidade !”
Não há apreensão estética…
não há mímica…
não há canto…
Não há de existir possibilidade de novo…
Há apenas: O que dizer? / Como dizer?
Há o que não se pode responder.
E há um momento “todas as respostas”.
E o palhaço retoma o riso e o carma de fazer sorrir.
Do sibilar do anjo vem mais que a “contação de história” ou toda e qualquer musicalidade.
Vem a mais pura de todas as verdades.
Não há mais técnica de improvisação…
não há mais quem queira o foco
há silêncio
e não há quem queira o verdadeiro nariz do palhaço.
O Bufão perde o compasso…
… é inebriante o final de “O Lago dos Cisnes”1 de Tchaikovsky.
Eu pinto novamente a cara.
“Em caráter, em comportamento e em todas as coisas, a suprema excelência está na simplicidade.”
Henry Longfellow
E aquele lugar lá na frente foi seu. Mais um minuto e tudo que sonhou foi verdade. Não há no mundo quem não entenda sua felicidade. Que o lugar é seu. É de quem nasceu para brilhar. A hora da estrela vai chegar. Ninguém vai duvidar. Não hoje, não mais, nem nunca, jamais.2
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Ao cidadão desconhecido que reavivou meu sorriso de palhaço.
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1: O Lago dos Cisnes (em russo: Лебединое Озеро, Lebedinoye Ozero) é um balé dramático em quatro atos do compositor russo Tchaikovsky e com o libreto de Vladimir Begitchev e Vasily Geltzer. A sua estreia ocorreu no Teatro Bolshoi em Moscovo no dia 20 de fevereiro de 1877, sendo um fracasso não por causa da música, mas sim pela má interpretação da orquestra e dos bailarinos, assim como a coreografia e a cenografia. O balé foi encomendado pelo Teatro Bolshoi em 1876 e o compositor começou logo a escrevê-lo. (Fonte: Wikipédia)
2: Livre adaptação do texto de “A hora da estrela” do Pato Fu.
Um comentário:
Olá Juber, como vai você? Espero que bem! Mexendo em algumas fotos antigas de 88, achei uma foto nossa ( Juber e Letícia), quando estudávamos no Balão Mágico e fiquei curiosa em saber como anda você, por onde, se bem. O tempo passou e mesmo procurando por você na net, não consegui nenhum contato que não por aqui. Dê notícias, adoraria te rever denovo, saber de ti.
Um enorme abraço
Letícia
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