interessado em alguma bobagem

quarta-feira, 15 de junho de 2011

o sibilar dos anjos na balada de um palhaço

“Nem tudo o que é torto é errado. Veja as pernas do Garrincha e as árvores do cerrado.”
Nicolas Behr

 

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Há dias que concretizo toda as minhas pesquisas quanto as conversas do palhaço.

É de digestão difícil beber das fontes inesgotáveis da esperança.

E não há desistência… há discussão entre a quebra do paradigma da loucura e da normalidade.

 

Sou eu cidadão.

Sou eu consumidor.

Sou eu frente ao mundo mercadológico.

Sou eu frente a ruptura.

Sou eu frente ao passado de escolha.

Sou eu ideologia.

E eu fui Engenheiro.

Mas explorei o sarcástico caminho do ser Ambiental.

 

Desenvolvido junto ao público de algo programado e nada experimental.

São estreias formais de derrotas diligentes.

Conduzimos o encontro do real e do ridículo.

Oferecendo o pluralismo do: Eu palhaço.

Sem riso ou sim.

Num nível de interação público tal que a interferência do cotidiano urbano não perde o hábito…

… de tornar-me mister na arte do palhaço.

Mantendo-me com fôlego

…sem desistir do coletivo (des)necessário.

 

E cenário?

Fato.

Ponto.

 

“As vezes a mais pura verdade mora na simplicidade !”

 

Não há apreensão estética…

não há mímica…

não há canto…

Não há de existir possibilidade de novo…

 

Há apenas: O que dizer? / Como dizer?

 

Há o que não se pode responder.

E há um momento “todas as respostas”.

E o palhaço retoma o riso e o carma de fazer sorrir.

Do sibilar do anjo vem mais que a “contação de história” ou toda e qualquer musicalidade.

Vem a mais pura de todas as verdades.

 

Não há mais técnica de improvisação…

não há mais quem queira o foco

há silêncio

e não há quem queira o verdadeiro nariz do palhaço.

 

O Bufão perde o compasso…

… é inebriante o final de “O Lago dos Cisnes”1 de Tchaikovsky.

 

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Eu pinto novamente a cara.

 

 

 

 

“Em caráter, em comportamento e em todas as coisas, a suprema excelência está na simplicidade.”

Henry Longfellow

E aquele lugar lá na frente foi seu. Mais um minuto e tudo que sonhou foi verdade. Não há no mundo quem não entenda sua felicidade. Que o lugar é seu. É de quem nasceu para brilhar. A hora da estrela vai chegar. Ninguém vai duvidar. Não hoje, não mais, nem nunca, jamais.2

 

 

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Ao cidadão desconhecido que reavivou meu sorriso de palhaço.

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1: O Lago dos Cisnes (em russo: Лебединое Озеро, Lebedinoye Ozero) é um balé dramático em quatro atos do compositor russo Tchaikovsky e com o libreto de Vladimir Begitchev e Vasily Geltzer. A sua estreia ocorreu no Teatro Bolshoi em Moscovo no dia 20 de fevereiro de 1877, sendo um fracasso não por causa da música, mas sim pela má interpretação da orquestra e dos bailarinos, assim como a coreografia e a cenografia. O balé foi encomendado pelo Teatro Bolshoi em 1876 e o compositor começou logo a escrevê-lo. (Fonte: Wikipédia)

2: Livre adaptação do texto de “A hora da estrela” do Pato Fu.

Um comentário:

Divã da llelle disse...

Olá Juber, como vai você? Espero que bem! Mexendo em algumas fotos antigas de 88, achei uma foto nossa ( Juber e Letícia), quando estudávamos no Balão Mágico e fiquei curiosa em saber como anda você, por onde, se bem. O tempo passou e mesmo procurando por você na net, não consegui nenhum contato que não por aqui. Dê notícias, adoraria te rever denovo, saber de ti.

Um enorme abraço

Letícia