pôr-do-sol de minhas “críticas da razão pura”

Ocaso.¹

 

 

Hoje é o último dia de maio.

Amanhã é uma nova metade.

E do pretérito de 2011 fica o ocaso.

decadência.

 

As cicatrizes e um tanto de angústia nos olhos.

 

 

um pouco mais de faculdade da razão ao julgar os próprios atos.

 

 

Sinceridade.

Ciência de que  há ação que causa remorso.

Opinião.

Cuidado, atenção, esmero.

 

 

 

Mais medo.

 

 

 

 

 

 

 

EU SOU AUSÊNCIA

 

 

 

 

 

 

 

 

 

EU FUI AUSÊNCIA

“Revolução copernicana”.

Vislumbrei a necessidade de tirar-me do centro do universo.

Desvencilhei-me do “conhecimento puro”.

Eu não sou mais anterior a experiência.

Tenho reais duvidas: meus predicados estão no sujeito?

empírico.

Kant, esta foi a minha “Crítica da razão pura”.

Minha impossibilidade de conhecer as coisas em si mesmo.

Minhas desequilibradas formas de conhecer as coisas tal como as percebo.

Placebo.

Voltaire, quão tolas foram suas liberdades individuais?

Diderot e D’Alembert, eu não confio no progresso humano.

Jean-Jacques Rousseau (que nome lindo) a liberdade que desfruta o selvagem é como sua espera pela fada do dente.

Ruborizado. Berkeley! Ser é mais do que passa por meus olhos.

Mas no dia seguinte ao de hoje

seguinte ao hoje…

sinto saudade.

¹ :período do dia em que ocorre o pôr-do-sol